O Réquiem Tardio: escrito enquanto, ao soar da Dança das Facas, eu caminho para minha própria morte...

sábado, 5 de novembro de 2016

Fim da Era Siberiana e Questionamentos

Já há alguns meses quea Era Siberiana encontrou seu final derradeiro.
Nada espectacular.
Muito menos perceptível.

Seu fim chegou sem que eu me desse conta e ela passou sem que qualquer grande sinal fosse dada.
A verdade é que não sei se vivo uma era atualmente ou uma suspensão da minha vida.

O que eu faria se, nesse exato momento, eu pudesse fazer qualquer escolha possível na nossa realidade?

Eu travei nessa pergunta hoje de manhã e não encontrei uma resposta ainda.
Nem sei se sou capaz de encontrar.
O que me intriga não é a pergunta em si, mas a minha impossibilidade de encontrar qualquer resposta. Eu sei que não tenho tudo que poderia me fazer feliz e posso desejar um objeto ou outro que deixaria as coisas mais interessantes ao meu redor por um tempo.
Eu poderia desejar alguém pra dividir o tédio da minha vida, mas não parece justo me juntar alguém só com esse objetivo.
Poderia também usar entorpecentes, mas o que eu faria quando a sobriedade voltasse e as coisas permancessem como estão?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Dead man walking

Não tenho nada a perder.
Sou um homem morto andando.
Ironicamente, também não tenho nada a ganhar.

Comentário prépóstumo: já escrevi isso?

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Traição

Talvez eu tenha cometido uma traição ao blog.
Há muitos escritos sobre a Era Siberiana, mas estão guardados num envelope, escondido num armário.
A verdade é que eles são muito objetivos e não encontra-se nada da minha escrita assimétrica e arrítmica dos meus poemas e dos Silenciosos Ventos Gélidos. De alguma forma, as coisas enrijeceram esse ano.
De qualquer forma, talvez haja uma Mudança nas Marés... Talvez apenas os Ventos Musicais da Era Siberiana continuem apenas soprando pelo tempo que lhes é devido...

The Turn Of The Tides


Deep red skies
falling into blue
With every turn of the tides
I am closer to you

I am an a wave in an ocean
Floating, gliding infinity
I shall not break at the rocks
Nor shall I decay before my time
At last I reach endless white sands

quarta-feira, 11 de março de 2015

Mais de um quarto de século...

Existem velhas coisas
que só revelo às pessoas
que eu gosto.

Porque, francamente,
eu gosto da minoria das pessoas que conheço
e menos ainda de ter contatos com elas.

Bem, se tu entendeste o que eu disse:
Parabéns,
porque eu gosto de ti!


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Chamado #1

23:48
Vocês estavam aqui!
Onde estão vocês agora?
Eu vos sinto
Mas não vos ouço...
Onde estão vocês,
que atendem pelo nome de Vórtex?

23:55
Relembro a mim mesmo quem Eu sou
Eu sou aquele quem eu deixei para traz
E(?)u sou aquele que está morto!
comentário prépósto: a partícula 'E' ou a partícula 'e' representa algo daquilo que eu* sou. PQP, o eu é um conceito tripulo! Estou eu... talvez o External Beholder... aquilo que Eu sou eu escreveu o que eu sou em relação a Eu... pronto, EU são agora quatro conceitos desse blog!


00:03
 Nuvem Negra se manifestou. Outro dia falo sobre isso. Depois me lembrem de pedir a imagem dela... um dos leitores do blog tem, o mesmo que cunhou o conceito. Outro leitor do blog vai saber, objetivamente (aquele que menos consegue pensar objetivamente, ironicamente) saber o que é a Nuvem Negra. Um outro saberá subjetivamente. Eu conheço ambos. Ambos os sentidos do conceito Nuvem Negra/

algumas coisa deu pau aqui... as três linhas acima estão com problema de edição pq o teclado do notebook deu pau e qualquer caractere que eu clique é automaticamente selecionado... por favor, considerem tudo como um comentário prépóstumo... puta merda, é difícil escrever mesclando a subjetividade poética do blog com a objetividade necessária à descrição objetiva dos eventos... de qualquer forma, é a manifestação do conceito da Nuvem Negra, onde nada é efetivo, diferente de quando Eu = eu. Pelo menos, consigo deixar o comentário prépóstumo no alinhamento das margens do texto no formato 'justificado'... espero que os leitores entendam (00:11)

00:13
Meu cachimbo apagou. Estou fazendo outro de menor qualidade. É um comentário prépóstumo, mas nem ele nem é digno de tal status.





terça-feira, 30 de dezembro de 2014

As Feridas e o Mar - OU - O Inverno da Era Siberiana - OU - "Tua riqueza é tua solidão"

Eu, que estou morto,
tenho como caixão os meus ossos
e como mortalha, a minha carne...

Eu sou aquele que vê
os vermes comerem meu corpo
e os mais mórbidos habitarem minhas entranhas...

Eu, que na ironia não-metafórica da vida,
senti o mar esfriar minhas feridas,
enquanto a chuva lavava-me a alma...

Eu, que sou a Dança das Facas, ouvi:
"Tua solidão é tua maior miséria!"
E ainda ouvi dos Ventos Gélidos:
"Tua riqueza é tua solidão"...

Sou eu quem espero o ressoar do Inverno
Finalizar o maior frio da Era Siberiana
Ao consumar os eternos acordes
de meu Réquiem Tardio...

Sou eu aquele que,
mais do que tudo,
para além de tudo,
e sobre tudo...

Sinto falta de mim mesmo!

Comentário prépóstumo: gostaria de chamar de Suicídio Simbólico. Eu tenho essa permissão, mas em partes. De qualquer forma, assim como não posso defini-lo muito bem, também não posso nomeá-lo. Fiquem a vontade para escolher um título.



domingo, 7 de dezembro de 2014

Eu sou a Dança das Facas

A verdade é que quando olhei para o meu abismo
eu esperava encontrar a minha salvação
Nunca esperei que dentro dele todas as paredes estivessem
repletas de podridão

Quando eu olhei a verdade dos meus sonhos
percebi o quão baixo eu tinha chegado
Quanto mais eu olhei para o abismo,
mais eu passei a sê-lo

Eu que sempre carreguei as Facas,
eu sempre as usei contra aqueles que me amaram
A Dança é violenta e assassina
E eu sou a Dança!

Comentário prépóstumo: anti-suicídio simbólico. E um dos mais macabros Escritos da Era Siberiana.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Mijando no cadáver da esperança!

Para minha própria desgraça
no final eu estarei lá
forte e vivo como sempre fui
Mijando no cadáver da esperança!

Comentário prépróstumo: Se eu estivesse nos Dias de Glória, essa última frase seria um dos troféus. Agora que se anuncia o Inverno da Era Siberiana, ela se torna um de seus Ventos. A vida é tão irônica que o Inverno será no verão!