Sei que sinto algo
Sei que não te amo
Sei que o que sinto
não é uma paixão alucinada
Depois que aconteceu
jamais sentirei de novo
Sei que não me amas
Sei que lembra de mim às vezes
Sei também que você
não me deve sentimentos
E sei como isso me dói
Sei que não sou nada
Sei que sou uma lenda
Sei que não existo
E que também não podia ser
de outra forma
Sei que a vida nos juntou
mas sei que de forma frágil
Um gesto e nunca mais nos falaríamos
e não faria diferença nenhuma
Nós não vivemos na vida do outro
nós não existimos
somos fantasmas
que fazem-nos escrever a noite
Mais que tudo, você é minha solidão
pois, pelo tempo que você não existir
estarei sozinho.
E bem no fundo, talvez só você
me faria chorar de novo...
Mas sei que a vida continua
e com certeza ela continuará
Me perder não significa nada
pois nada sou
E és para mim só a solidão...
Comentário póstumo: data também de 2008. Esse é uma materialização de um dos grandes Suicídios Simbólicos da minha vida.